Em fevereiro, o IPCA acelerou devido a choques temporários, ficando, em termos anuais, ainda mais longe da meta anual. A tendência para os próximos meses poderá ser de desaceleração da alta de preços, pela fraqueza da demanda, agravada pelo avanço da pandemia e pelo acirramento do isolamento social, além da perspectiva de nova safra recorde.
Porém, os maiores custos de produção, advindos dos aumentos da taxa de câmbio e das cotações das matérias primas internacionais, e refletidos no IGP-DI, começam a ser repassados aos preços finais.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em fevereiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,86%, surpreendendo os analistas de mercado, e acelerando fortemente em relação ao mês anterior.
Assim, o resultado acumulado em 12 meses, que serve como aproximação da inflação anual, avançou para 5,2% (tabela abaixo), ficando cada vez mais longe da meta perseguida pelo Banco Central (3,75%), e praticamente “batendo” no limite máximo permitido (5,25%).
O principal responsável pelo resultado mensal foi o aumento dos preços dos combustíveis, impulsionado pelos maiores valores cobrados nas refinarias e pela desvalorização cambial, seguido, em menor medida, pelo item educação, puxado pelos reajustes aplicados no começo do ano.
A elevação dos preços de alimentos e bebidas foi mais contida no mês, mas continuou pressionando o IPCA em termos anuais (12 meses), devido à maior demanda, resultante do isolamento social e do home office.
Por sua vez, outro importante indicador da inflação, o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), apresentou alta de 2,71% em fevereiro, desacelerando em relação ao mês anterior.
Contudo, em 12 meses, o IGP-DI seguiu avançando, alcançando para 29,95%, devido fundamentalmente à maior inflação no atacado (IPA). Esse comportamento é explicado pelos maiores preços das matérias primas agrícolas (IPA AGRO) e industriais (IPA IND), pressionados pela taxa de câmbio e pelas maiores cotações de bovinos e soja, no primeiro caso, e de diesel e adubos, no segundo.
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