Publicado em 08/03/2017 16:50 Última edição 08/03/2017 16:50

Cearense já pagou R$ 7,3 bi em impostos; aumento de 15,8%

Fonte: DIÁRIO DO NORDESTE/FORTALEZA

Cearense já pagou R$ 7,3 bi em impostos; aumento de 15,8%

De janeiro deste ano até agora, os contribuintes cearenses já pagaram R$ 7,3 bilhões em impostos federais, estaduais e municipais. O montante representa um aumento de 15,8% em relação aos R$ 6,3 bilhões arrecadados no Estado em igual período de 2016. Os dados são do Impostômetro, ferramenta online que registra os tributos pagos pela população brasileira nas três esferas do governo. O crescimento no recolhimento de impostos de 15,8% registrado no Ceará em 2017, de janeiro até agora, segue a tendência nacional. No País, os brasileiros já desembolsaram R$ 422,6 bilhões para arcar com tributos, número 14,6% maior que os R$ 368,5 bilhões contabilizados pelo Impostômetro em igual período do ano passado.

Na arrecadação por tributo, por enquanto, o Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços lidera, com R$ 84,7 bilhões recolhidos. Depois, aparece a Contribuição Previdenciária, somando R$ 80,3 bilhões, seguida do Imposto de Renda, totalizando R$ 70,9 bilhões.

Para o economista Alex Araújo, o aumento da arrecadação nacional está ligado a reformas tributárias realizadas no ano passado nas três esferas do governo, principalmente, no âmbito estadual. “As principais mudanças nos estados foram relativas a tributos como o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e o IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), uma tentativa de equilibrar as finanças públicas diante da crise fiscal”, observa.  

Fortaleza  Em Fortaleza, o aumento está bem acima da média nacional. Na Capital cearense, de janeiro até agora, os contribuintes já pagaram R$ 351,6 milhões em tributos. O valor equivale a um incremento de 17% em relação  aos R$ 300,4 milhões recolhidos em igual período de 2016. 

Nordeste Quanto à arrecadação de impostos nas capitais do Nordeste neste ano, até o momento, Fortaleza só aparece atrás de Salvador (R$ 495,1 milhões) e Recife (R$ 352,7 milhões).

Considerando os estados nordestinos, a tendência é a mesma. No quesito pagamento de tributos, O Ceará só perde para a  Bahia (R$ 12,5 bilhões) e Pernambuco (R$ 9,3 bilhões).

Conforme o Impostômetro, o Estado representa 1,7% da arrecadação nacional. Em São Paulo, maior economia nacional, essa fatia é de 37,3%. Lá, já foram recolhidos R$ 157 bilhões em impostos federais, estaduais e municipais, uma alta de 15,2% frente aos R$ 136,2 bilhões calculados no início de 2016.

Dias trabalhados Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), no ano passado, cada contribuinte brasileiro precisou trabalhar 153 dias apenas para arcar com tributos, período equivalente aos cinco primeiros meses do ano. Os chilenos e mexicanos despenderam 94 e 91 dias, respectivamente.

Quando se faz a relação pagamento de impostos versus retorno e bem-estar social, o Brasil aparece na 30 colocação do ranking mundial, perdendo para países vizinhos como Argentina e Uruguai.

O Impostômetro foi criado em 2005 pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP)? e pelo IBPT. Os valores podem ser acompanhados pelo contribuinte por meio do site www.impostometro.com.br.