O
valor pago pelos moradores das dez cidades do Alto Tietê em impostos alcançou
R$ 779,3 milhões por volta das 15h desta quarta-feria (10) segundo o
"Impostômetro" da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Em todo o
País, a arrecadação chegou a R$ 1,2 trilhão. No ano passado, esse mesmo
montante foi alcançado dois dias antes, em 8 de agosto.
No cálculo por municípios, o Alto Tietê arrecadou de janeiro até as 15h do dia
10 de agosto R$ 779.396.144,00. Só em Ferraz de Vasconcelosjá foram
pagos R$ 209,9 milhões. Mogi das Cruzes é a segunda cidade com o maior montande desembolsado para o
pagamento de impostos, taxas e contribuições para União, Estados e município:
R$ 166,6 milhões. EmItaquaquecetuba, a arrecadação de impostos atingiu R$ 113,5
milhões e Poá R$ 113
milhões. Em seguida está Suzano, com R$ 112,7 milhões pagos em tributos. As
cidades com população menor, consequentemente contribuem em menor quantidade,
como Biritiba-Mirim, que de janeiro até agora já arrecadou R$ 2,7
milhões eSalesópolis com R$ 1,3 milhão.
O valor abrange o total de impostos, taxas e
contribuições pagas pela população brasileira nos três níveis de governo
(municipal, estadual e federal) desde 1º de janeiro de 2016.
"O Brasil tem uma das maiores cargas tributárias do mundo. E muitas vezes
as pessoas não entendem a estrutura na hora de uma compra, por exemplo. É comum
compararmos e vermos que uma blusa de moleton no Brasil é mais cara do que nos
EUA. Hoje cerca de 40% do preço de muitos produtos são impostos. O que ela paga
é imposto embutido", disse a presidente da Associação Comercial de Mogi
das Cruzes Tânia Fukusen.
A presidente explica que no País a estrutura de impostos
é considerada pelos empresários como confusa e sobretaxada. "Um exemplo
claro: se um pessoa vai plantar algodão, ela paga imposto sobre a semente.
Quando ela vende o algodão, quem compra para fazer linha paga imposto. O
empresário que compra a linha para confecção de tecido, paga imposto sobre o produto.
E a loja que compra a peça para vender, paga imposto sobre ela. É um ciclo de
sobretaxa. Por isso as associações comerciais no País brigaram para que esses
valores viessem discriminados para o consumidor ter ideia. Não somos contra os
impostos, mas seria interessante pensar em uma nova estrutura", defendeu.
O objetivo da ferramenta é conscientizar o cidadão sobre
a alta carga tributária e incentivá-lo a cobrar os governos por serviços
públicos de qualidade. Pelo Portal do Impostômetrohttp://www.impostometro.com.br,
é possível descobrir o que dá para os governos fazerem com todo o dinheiro
arrecadado. Por exemplo, quantas cestas básicas é possível fornecer, quantos
postos de saúde podem ser construídos. No portal também é possível levantar os
valores que as populações de cada estado e município brasileiro pagaram em
tributos.
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