Sabe-se que o Brasil é um dos países onde mais se paga impostos no mundo. Até o último dia três de maio, o Impostômetro, painel instalado na sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), marcava R$ 1 trilhão. O valor é referente ao montante pago desde o início do ano pelos contribuintes brasileiros aos governos federal, estaduais e municipais. Mas para onde vão os impostos que você paga?
Teoricamente, o propósito dos impostos que você paga é fazer com que cada cidadão contribua com os serviços que utiliza. Por exemplo, saúde pública e meios de transporte. Além disso, de acordo com informações da própria Receita Federal, os impostos também vão para o custeio de pesquisas, produção agrícola e industrial, segurança pública, cultura, esporte e meio ambiente.
Funciona assim: todos os impostos arrecadados vão para o Governo Federal. Depois ele os distribui para União, Estados e Municípios. São mais de 80.
Alguns dos impostos que você paga e seus destinos
Imposto de Renda - O famoso imposto de renda, que atinge o bolso de todo brasileiro que ganha a partir do mínimo estipulado na tabela do leão, tem como destino o financiamento de diversos projetos na área de saúde e educação, além de projetos sociais.
IPVA - No caso do IPVA, quem paga é quem tem veículo automotor. O destino, porém, nem sempre vai para a manutenção das vias do município, mas para a construção e manutenção de estradas e pedágios.
IPTU - Um dos impostos que você paga quando tem um imóvel é o IPTU. Neste caso, a arrecadação tem como destino funções sociais diversas no município.
O Irbes mostra para onde os impostos deveriam ir
O destino dos impostos que você paga é bem explicado na teoria. O fato, porém, é que nem sempre os impostos parecem ter retorno no bem-estar das pessoas na prática. Isso é mostrado pelo Irbes, o Índice de Retorno de Bem-Estar à Sociedade. Ele é obtido a partir da soma da carga tributária com relação ao PIB com o Índice de Desenvolvimento Humano.
São levados em consideração os 30 países com maior cobrança de impostos. O Brasil faz parte, estando em última colocação desde o início, em 2011. De acordo com declarações do presidente executivo do IBPT, João Eloi Olenike, os tributos continuam sendo mal aplicados no Brasil e é preciso destinar o orçamento de maneira assertiva e eficaz.
Segundo Olenike, é essencial utilizar melhor os recursos arrecadados e aplicá-los em investimentos que possam trazer melhoria efetiva na qualidade de vida da população. "O valor que o Brasil destina atualmente para investimentos que tragam crescimento no IDH é muito baixo. O orçamento do país é muito engessado e enquanto não houver mudanças significativas nessa questão da alocação dos recursos, tende a continuar sempre assim”, diz.
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