Publicado em 29/07/2020 08:31 Última edição 29/07/2020 08:31

Peso dos tributos no Brasil é menor apenas do que na Argentina

Fonte: R7

Peso dos tributos no Brasil é menor apenas do que na Argentina
O peso da carga tributária no Brasil é inferior apenas do que o da Argentina, de acordo com estudo divulgado nesta quarta-feira (29), pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).

A pesquisa aponta que, em 2017, a carga tributária brasileira representou 32,3% do PIB (Produto Interno Bruto) — soma de todos bens produzidos em território nacional.

O percentual é inferior apenas ao observado na Espanha (33,7%) e na Polônia (33,9%). Ambos os países, no entanto, têm renda por habitante cerca de duas vezes superior à brasileira, segundo dados de 2018.

A CNI destaca ainda que o sistema tributário brasileiro também tem a pior qualidade entre os 18 países pesquisados, todos com características similares às da economia brasileira.

A pesquisa surge em meio às discussões a respeito da reforma tributária no Brasil. O governo federal já entregou uma proposta para a criação de um imposto para substituir PIS e Cofins. Outras mudanças ainda são analisadas e o relator da proposta, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), defende que a reforma seja "mais ampla possível".

Em termos gerais, o Brasil ocupa a penúltima colocação no ranking sobre tributação, com nota de 3,82, superior apenas à da Argentina (3,64). Na outra ponta da lista aparecem Indonésia (7,33), Chile (7,30) e Tailândia (7,02).

Quarta colocada do índice a Turquia, com nota de 6,95, saltou 10 posições após a realização de uma reforma tributária para facilitar o pagamento de impostos. Segundo o Banco Mundial, a proposta “melhorou o portal online para cumprir com obrigações tributárias e isentou do IVA (Impostos sobre Valor Agregado) certos investimentos”.

Na comparação com o ranking 2018-2019, o Brasil registrou mudança apenas na variável carga tributária, caindo da 15ª para a 16ª posição, trocando de posição com o Canadá. De acordo com o levantamento, a carga tributária brasileira variou de 32,1% para 32,3% entre 2016 e 2017. No mesmo período, a canadense variou de 32,7% para 32,2%.