A arrecadação total das receitas federais atingiu, em
outubro, R$ 153,938 bilhões, um crescimento real (descontada a inflação) de
9,56% em relação ao mesmo mês de 2019.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (24/11) pela
Receita Federal. O crescimento é explicado pelo pagamento de tributos que
haviam sido adiados como medida de enfrentamento à crise gerada pela pandemia
do novo coronavírus.
As Receitas Administradas pela Receita Federal, como
impostos e contribuições federais, arrecadaram em outubro R$ 146,081 bilhões,
aumento de 12,31%.
De janeiro a outubro, a arrecadação alcançou R$ 1,132
trilhão, queda de 9,06%.
Em outubro, o volume de pagamentos de tributos que
haviam sido adiados chegou a R$ 16,252 bilhões.
As receitas administradas por outros órgãos,
principalmente royalties do petróleo, somaram R$ 7,857 bilhões, com queda de
24,64% em relação a outubro de 2019.
Segundo a Receita, no mês passado o Programa de
Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social (Cofins) apresentaram uma arrecadação conjunta de R$ 33,453 bilhões, o
que representa um acréscimo real de 19,97%.
“Esse resultado pode ser explicado pelo acréscimo real
de 7,4% do volume de vendas e pelo decréscimo real de 7,2% no volume de
serviços [dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE] em
setembro de 2020 em relação a setembro de 2019”, disse a Receita, em relatório.
Também houve recolhimento de parcelas adiadas
anteriormente, relativas a maio de 2020, e aumento nominal de 137% no volume
das compensações tributárias.
A Receita Previdenciária teve arrecadação de R$ 42,019
bilhões, o que representa acréscimo real de 15,01%. “Esse desempenho é
explicado pelo pagamento dos diferimentos [adiamento] do Simples Nacional
relativo ao mês de abril de 2020, da Contribuição Previdenciária Patronal
relativo ao mês de maio de 2020 e dos parcelamentos especiais relativos ao mês
de junho de 2020 e pelo aumento das compensações tributárias com débitos de
receita previdenciária”, diz relatório da Receita.
O Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e a
Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) totalizaram no mês de outubro
uma arrecadação de R$ 31,889 bilhões, com crescimento real de 17,97%.
RESULTADO
ACUMULADO
No acumulado de janeiro a outubro, a arrecadação
alcançou R$ 1,180 trilhão, queda real de 9,45%.
O resultado foi "bastante influenciado" pelos
diferimentos, que são o adiamento para o pagamento do tributo. Esse adiamento
foi uma das medidas adotadas pelo governo para o enfrentamento da crise
econômica gerada pela pandemia da covid-19
Esses adiamentos somaram mais de R$ 48 bilhões de
janeiro a outubro. As compensações tributárias (ressarcimentos do Fisco aos
contribuintes) cresceram 57% ao acumular R$ 131,436 bilhões.
Entre os destaques da Receita para o período de janeiro
a outubro, a Cofins e o PIS/Pasep apresentaram arrecadação conjunta de R$
232,154 bilhões, com queda real de 16,39%.
A Receita Previdenciária apresentou arrecadação de R$
323,522 bilhões no período de janeiro a outubro, com decréscimo real de 9,96%.
O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) teve
arrecadação de R$ 18,733 bilhões, queda real de 45,88%. Segundo a Receita, essa
queda aconteceu devido à redução da alíquota do imposto a zero para operações
de crédito desde 3 de abril de 2020.
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