Para o
economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcel Solimeo, o
levantamento serve para que se tenha uma ideia numérica do que pode acontecer
nos próximos meses
São
Paulo, 2 de abril de 2020. Um estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento e
Tributação (IBPT) aponta que a arrecadação de impostos no Brasil pode sofrer
uma queda de até 39,3% em virtude dos impactos do isolamento social recomendado
por especialistas e pela própria Organização Mundial de Saúde (OMS) como a
forma mais eficaz de combate ao novo coronavírus (Covid-19). Para o economista
da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcel Solimeo, o levantamento
serve para que se tenha uma ideia numérica do que pode acontecer nos próximos
meses.
“São
projeções baseadas em algumas hipóteses, mas o cenário de incerteza, como o que
estamos atravessando, pode apresentar algumas surpresas. De qualquer forma, é
um estudo interessante para que a gente possa ter alguma ideia numérica do
impacto das medidas”, pondera Marcel Solimeo, economista da ACSP.
O
levantamento considera receitas tributárias da União, dos estados e dos
municípios e leva em conta projeção inicial feita pelo IBPT, de R$ 2,8
trilhões em impostos, com base nos dados do orçamento projetados pelo
governo.
O IBPT
estabeleceu quatro possíveis cenários para o fim do período de isolamento, que
começou em 18 de março em muitos estados e determinou o fechamento do comércio
de maneira geral, exceto estabelecimentos considerados como serviços e
atividades essenciais à população, como supermercados, serviços de saúde,
transportes, farmácias e postos de combustíveis, por exemplo.
Pela
projeção, se o isolamento for encerrado no fim de abril, a queda na arrecadação
será de 26,49%; se for em maio, 32,38%; caso ocorra em junho, 35,35%; na
ocorrência de o confinamento ser finalizado apenas em julho, o tombo seria de
39,32%.
“A
situação é por demais preocupante, pois os governos estão injetando dinheiro na
economia para mitigar os problemas causados pela crise sanitária e a queda
sensível de arrecadação, em qualquer dos cenários, causará no mínimo uma
recessão”, afirma o coordenador de estudos do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral.
O estudo do IBPT aponta ainda as quedas médias por esfera de governo, isto é,
federal, estadual e municipal. Além de detalhar os meses de maiores perdas na
arrecadação, com destaque para agosto, caso haja um isolamento até o fim de
julho, podendo atingir até 70% naquele período.
O
levantamento fez também uma estimativa com cálculo de perdas diárias e mensais:
se o isolamento acabar em abril, perda média mensal será de R$ 78,01 Bilhões,
equivalente a uma perda diária de R$ 2,57 bilhões; em maio, a perda média
mensal será de R$ 95,41 Bilhões, equivalente a uma perda diária de R$ 3,14
bilhões; em junho, a perda média mensal sobe para R$ 104,18 bilhões,
equivalente a uma perda diária de R$ 3,42 bilhões; em julho, a perda média
mensal será de R$ 115,86 bilhões, equivalente a uma perda diária de R$ 3,81
bilhões.
Veja
estudo na íntegra:
Queda da arrecadação tributária
em decorrência dos efeitos da pandemia de coronavírus
Mais
informações:
Patrícia Gomes Baptista
Assessoria de Imprensa
pgbaptista@acsp.com.br
(11) 3180-3220 / plantão (11) 97497-0287
Sobre a ACSP: A Associação
Comercial de São Paulo (ACSP), em seus 125 anos de história, é considerada a
voz do empreendedor paulistano. A instituição atua diretamente na defesa da
livre iniciativa e, ao longo de sua trajetória, esteve sempre ao lado da
pequena e média empresa e dos profissionais liberais, contribuindo para o
desenvolvimento do comércio, da indústria e da prestação de serviços. Além do
seu prédio central, a ACSP dispõe de 15 Sedes Distritais, que mantêm os
associados informados sobre assuntos do seu interesse, promovem palestras e
buscam soluções para os problemas de cada região.
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