O governo federal aumentou o
imposto de importação sobre cilindros usados no armazenamento de gases
medicinais semanas antes do colapso nos hospitais de Manaus, no Amazonas. Os produtos
estavam isentos  desde março do passado, quando o Ministério da Economia
lançou um pacote para facilitar o combate à pandemia do novo coronavírus. O presidente
Jair Bolsonaro disse na tarde desta sexta-feira que determinou que o imposto
seja zerado de novo.
Com o fim da isenção, os
cilindros de ferro voltaram a ser taxados em 14%, e os de alumínio, em 16%.
 A resolução do Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de
Comércio Exterior (Camex) foi publicada dia 24 de dezembro.
A capital do Amazonas sofre um
novo pico de internações por Covid-19, após as festas de fim de ano. Com a
falta de oxigênio medicinal, a rede hospitalar de Manaus entrou em colapso.
Pacientes estão sendo transferidos do Amazonas para outros estados pela
Força Aérea Brasileira (FAB).
Em entrevista nesta tarde ao
jornalista José Luiz Datena, do programa Brasil Urgente, da Band, Bolsonaro
disse ter determinado que a Camex "agora" zerasse os impostos, mas
não citou o fim da isenção, há cerca de três semanas.
 —Nós determinamos que a
Camex, é mais longo um pouco, agora zerasse os impostos de cilindros de
oxigênio. Pô, nós estamos fazendo tudo possível, apesar de o Supremo ter me
proibido de fazer isso   — declarou o presidente, em referência
deturpada a julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), no ano passado.
Na ocasião, o tribunal decidiu,
por unanimidade, que governadores e prefeitos têm poderes para baixar medidas
restritivas no combate ao coronavírus em seus territórios. Eles podem
determinar temporariamente o isolamento, a quarentena, o fechamento do comércio
e a restrição de locomoção por portos e rodovias. Os ministros concordaram que
governo federal também pode tomar medidas para conter a pandemia, mas em casos
de abrangência nacional.
Bolsonaro contou ainda que entrou
nesta tarde com o embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley, e que está
"quase decidido" Israel mandar um avião com cilindros de oxigênio
para Manaus.
As indústrias do polo da Zona Franca
de Manaus, segundo a coluna de Míriam Leitão, estão parando a produção para
que todo o oxigênio seja destinado para a saúde.
O Ministério da Economia foi
procurado, mas ainda não se manifestou.
Na noite de hoje, Bolsonaro
publicou no Twitter que a Camex "reduziu para zero o imposto de importação
de diversos itens como: respiradores automáticos, monitores de sinais vitais,
sensores e tanques de O2". "- Sempre que possível, reduziremos
impostos para facilitar o acesso de insumos e bens necessários à população para
o combate ao COVID-19", completou.
A decisão também foi divulgada pelo Ministério da Economia. Em nota, a pasta informou que a redução dos impostos tem vigência até 30 de junho de 2021.
Confira a reportagem na íntegra em: https://oglobo.globo.com/sociedade/governo-federal-aumentou-imposto-sobre-cilindros-de-oxigenio-semanas-antes-de-colapso-no-am-24840363
Reforma tributária: o que sua empresa precisa fazer em 2026
Corte de benefícios fiscais avança na Câmara dos Deputados
7 pontos da reforma tributária que podem mexer no futuro da empresa
STF mantém cobrança do Difal do ICMS desde 2022
Empresas do Simples Nacional 'ganham' burocracia e aumento de multa
Sua empresa está preparada para a reforma tributária?
Setor público já consumiu R$ 4 trilhões em 2025, aponta Gasto Brasil
Brasileiros pagaram quase R$ 3 trilhões em tributos no ano
Receita atualiza regras de tributação mínima para multinacionais
Substituição tributária perde força em São Paulo