Publicado em 29/07/2016 10:51 Última edição 29/07/2016 10:51

O que está por trás do impostômetro?

Fonte: O HOJE/GOIÂNIA

O que está por trás do impostômetro?

Você já ouviu falar do impostômetro? O painel que está localizado no prédio da Associação Comercial de São Paulo mostra o valor total de impostos em tempo real. No dia 05 de julho deste ano, o impostômetro marcou 1 trilhão de reais em impostos arrecadados, através do pagamento de impostos, taxas e contribuições pagas pelos brasileiros diariamente.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), existem hoje 62 tributos que direta ou indiretamente atingem a população brasileira, o que representa, em média, 41,8% do rendimento do contribuinte. Com base nesta informação e na média salarial dos brasileiros, o IBPT, declarou que para realizar o pagamento de impostos e taxas, cada pessoa precisa trabalhar 153 dias para realizar o pagamento de impostos. Dentre eles podemos citar o ICMS, PIS, COFINS, IPI, ISS, IOF, IPTU, IPVA, entre outras taxas.
Mesmo chegando ao valor de 1 trilhão de arrecadação, este ano tivemos uma particularidade. A cada ano que passa, leva-se menos tempo para chegar a esta marca, em 2016, o valor foi alcançado 6 dias depois do que em 2015, que chegou a 1 trilhão de arrecadação em 29 de junho. O motivo? A atual crise econômica e política que o país vive. Mesmo assim o valor ainda serve como um alerta sobre a alta carga tributária do país.
No entanto, o retorno dos investimentos para a população é pouco perceptível. Problemas na saúde pública, educação, segurança e infraestrutura continuam a fazer parte das reivindicações da população. Um levantamento mostra que o Brasil está entre os 30países com as maiores cargas tributárias do mundo, por outro lado é o pior país quando o assunto é retorno à população. Em Goiás, já foram arrecadados mais de 20 bilhões. Só a capital, Goiânia, arrecadou cerca de 620 milhões de reais até o momento em que este artigo foi escrito, e os números continuam subindo.
Para a população, o que resta a fazer, como cidadãos, é manter a cobrança para cima de quem ‘comanda’ este Brasil nas diferentes esferas, ou seja, municipal, estadual e federal. E cobrar para que esses tributos sejam aplicados realmente em benefícios para a sociedade na saúde, educação, incentivo à economia, geração de emprego, cultura e lazer. O impostômetro já serve de alerta para que possamos acompanhar o quanto está sendo recolhido. Mas ao mesmo tempo precisamos nos manter atentos, porque os números podem estar sendo contabilizados na ferramenta, porém para onde estão indo. Fica o alerta!