Publicado em 27/10/2021 18:36 Última edição 27/10/2021 18:36

Arrecadação em setembro foi de R$ 149,1 bi, a maior desde 2000

Fonte: O Globo

Arrecadação em setembro foi de R$ 149,1 bi, a maior desde 2000

A Receita Federal divulgou nesta terça-feira que a arrecadação de impostos em setembro foi de R$ 149,1 bilhões, a maior para o mês desde 2000. Na comparação com setembro de 2020, o resultado é 12,9% maior, considerando os valores ajustados pela inflação.

No acumulado do ano, a Receita já arrecadou R$ 1,38 trilhão, o melhor resultado para o período em 21 anos. Na comparação com os primeiros nove meses de 2020, a alta é de 22,3% já ajustada pela inflação.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, vem ressaltando nos últimos meses que a arrecadação de impostos está registrando altas históricas. Na segunda-feira, ele adiantou que os dados seriam recordes.

Na mesma oportunidade, ele chegou a dizer que a “arrecadação extraordinária" paga com folga o aumento do Auxílio Brasil.

No ano passado, a arrecadação foi menor por conta do adiamento do pagamento de alguns impostos e da atividade econômica reprimida devido à pandemia.

O secretário especial da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto, ressaltou que o resultado reforça “evidências” de que a recuperação econômica tem se refletido na arrecadação tributária desde a segunda metade do ano passado.

— O desempenho comprova que a recuperação da economia tem apresentado uma performance sustentável e como análise já divulgada pela Secretaria de Política Econômica, tem um importante componente estrutural — disse.

Segundo o secretário, mesmo excluindo os diferimentos de tributos, compensações, alterações de alíquotas e desonerações feitas por conta da pandemia, os números continuam positivos.

— Se nós excluirmos todos esses fatores, ainda assim observa-se um acréscimo real em setembro de 2021 de 10,3% em relação a setembro de 2020 e no período acumulado um crescimento real de 13,79% que são números expressivos que ressaltam que o crescimento se observa mesmo com o expurgo dos efeitos da pandemia — argumentou.

Segundo a Receita, o resultado é explicado por fatores não recorrentes, como recolhimentos relevantes de R$ 31 bilhões no acumulado do ano de Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas

Claudemir Malaquias, chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, ressaltou que a evolução do preço e do aumento de exportações de commodities agrícolas e minerais auxiliaram neste aumento de arrecadação ao longo do ano.

— Esse crescimento da demanda e também pela valorização provocou arrecadações extraordinárias internamente e é isso que estamos verificando. Por exemplo, a arrecadação do IRPJ foi decorrente majoritariamente do setor de mineração, exploração de minérios, setor de siderurgia e uma pequena parte do sistema financeiro — disse.