Se por um
lado o valor do Imposto
sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) de São Paulo ficou 6,77%
mais barato, por outro, um outro imposto terá aumento. O Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sofrerá reajuste e impactará a
compra de veículos novos e até usados.
A partir
do dia 15 de janeiro, a
carga tributária de ICMS para carros usados saltará de 1,8% para 5,53%. Apesar de
parecer pouco, isso significa um salto de 207% no imposto. A medida faz parte
do Decreto nº
65.253/2020 (Lei nº 17.293/2020), que articula o Pacote de Ajuste Fiscal do Estado de São
Paulo, que promete elevar preços de uma extensa lista de produtos,
dentre eles, carros novos e usados, por exemplo.
A
alteração ocorre na base de
cálculo, isto é o preço do carro que consta em sua nota. Pela regra de
hoje, utiliza-se 10% do valor do
modelo para tributação dos 18% de ICMS. Contudo, a alíquota crescerá
de 10% para 30,7%. Ou seja,
a redução de 90% da base de cálculo diminuirá para 69,3%.
Por
exemplo, hoje o dono de uma loja de usados paga R$ 720 de ICMS em um carro de R$ 40 mil. Pois calcula-se 18% de R$ 4 mil (valor referente à 10% do base de cálculo do
veículo). A partir da metade do mês, o lojista desembolsará R$ 2.210,4 de ICMS. Ou
seja, 18% do valor referente a 30,7% (R$12.280) de R$ 40 mil.
A
mudança, no entanto, vale somente
para lojistas de carros usados. O imposto não é calculado em vendas
feitas por vendedores particulares.
Carros novos também ficarão mais
caros
Nesta
mesma data, a porcentagem do ICMS sobre veículos
novos também irá subir de 12% para 13,3%. Além disso, o etanol e matérias primas para
fabricação de automóveis, como o aço, também sofrerão o mesmo reajuste.
Portanto, preço final do carro 0 KM poderá ficar bem mais salgado do que se
imagina, já que os aumentos de itens essenciais para sua fabricação estarão
embutidos.
ICMS para PCD só a partir de
março
Dentre as
novas medidas estipuladas para tentar limitar o público PcD, o governo busca
eliminar a isenção do ICMS para compra de veículo novos para PcD. Entretanto, o
Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) prolongou o
tempo de duração da isenção.
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