Liel Miranda - A
resposta simples e direta é que a carga tributária brasileira é elevada, o
modelo tributário brasileiro é complexo e isso tira competitividade da economia
de gerar mais empregos, de gerar mais informação e de crescer mais rápido.
Há várias propostas hoje no Congresso para a reforma tributária,
mas todas têm que se pautar por princípios de equidade para que mais pessoas
paguem impostos, porque a economia informal é muito grande. É preciso que todo mundo
pague de forma mais justa para que a economia possa crescer.
Essa é uma necessidade histórica. Precisamos de todas, não por
uma necessidade deste momento, não por causa da pandemia. São necessidades
históricas que o Brasil e outros países têm. As leis e a forma de o Estado se
organizar precisam se adaptar ao século 21, pois a maior parte das leis que
temos, sejam elas tributárias, trabalhistas, foram desenhadas e criadas há 100
anos.
A sociedade evoluiu muito, mas talvez a legislação, o arcabouço
jurídico e o modelo de Estado não tenham evoluído. As reformas precisam sair do
papel. O nosso compromisso de investir no Brasil, continuar operando e
aumentando as nossas instalações e operações é de longo prazo. Todas as
reformas que estão na agenda, e acreditamos que irão acontecer, serão benéficas
para a empresa, para a sociedade e para o país porque têm esse papel de
atualizar as leis e o arcabouço jurídico.
Os extremos são sempre muito perigosos e normalmente não são
corretos. É preciso um Estado para suprir as necessidades sociais, como saúde,
educação, segurança e uma regulamentação para que a sociedade funcione. Mas há
áreas em que o Estado tem capacidade menor de gerenciamento do que a iniciativa
privada. Esse gerenciamento pode criar uma distração e tirar o Estado do que
realmente deveria focar.
Não é Estado mínimo nem máximo. Precisa ser adequado para
aquelas áreas e setores onde a sociedade necessita de intervenção,
principalmente as áreas sociais e em situações como a da pandemia, que envolve
todo mundo e o papel do Estado é regular. Agora, o Estado se envolver em coisas
que a iniciativa privada pode fazer possivelmente não é o melhor uso do tempo e
do dinheiro público.
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