BRASÍLIA — Depois de acabar com a isenção do
Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para financiar parte das despesas com
a crise energética no Amapá, o governo decidiu nesta sexta-feira, 11/12, zerar
novamente o tributo até dia 31 de dezembro. A isenção começa a valer na próxima
terça-feira.
O governo havia voltado a cobrar o IOF no dia 27 de novembro, após zerar o
imposto em abril, como uma medida de auxílio ao enfrentamento da crise do
coronavírus. Os recursos arrecadados seriam usados para compensar a isenção da
conta de luz por 30 dias de consumidores do estado do Amapá.
Em
nota, o governo informou que o período de 27 de novembro a 14 de dezembro já
foi suficiente para cobrir os gastos de R$ 80 milhões com o auxílio
ao Amapá.
"Considerando
que o aumento da arrecadação do IOF já compensou os gastos da operação, o
Governo Federal decidiu reduzir novamente a alíquota do IOF a zero, como forma
de mitigar o impacto provocado pela pandemia de Covid-19 sobre a economia
brasileira".
A
volta da isenção foi publicada no Diário Oficial da União e assinada pelo
presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. A partir
da próxima terça-feira, operações de crédito, câmbio, seguro e títulos terão o
imposto zerado até o fim do ano.
Na
época em que o imposto voltou a ser cobrado, a medida encareceu o crédito porque incide
sobre todas as operações, inclusive as mais caras, como cheque especial e o
rotativo do cartão de crédito. O Banco Central vem dizendo nos últimos meses
que o crédito é parte importante da retomada, inclusive nesta semana decidiu manter, pela terceira vez, a
taxa básica de juros, a Selic, na mínima histórica de 2%.
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