Maior
fabricante de armas do Brasil, a Taurus afirmou que vai priorizar
investimentos fora do Brasil após decisão do
presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de zerar o imposto de importação de
armas de fogo, como revólveres e pistolas divulgada nesta
quarta-feira (9).
Em nota, a empresa afirmou que,
"lamentavelmente, a medida irá acelerar o processo de priorização de
investimentos nas fábricas da Taurus nos Estados Unidos e na Índia, em
detrimento aos investimentos que iriam gerar mais empregos e riquezas no
Brasil".
Segundo a empresa, esse cenário
vai levar brasileiros a importarem armas fabricadas pela empresa no exterior em
vez de adquira-la no país.
A Taurus afirma ainda que a
medida irá afetar a geração de
empregos e a arrecadação
de impostos, além de prejudicar seus clientes.
Na visão da empresa, a decisão de
zerar a tarifa é ruim "para o Brasil e para os brasileiros", em
especial nesse momento de grande crise econômica.
A Taurus é dona de uma fábrica na
Georgia (EUA) e também tem programada uma futura
operação na Índia.
Em nota enviada ao mercado, a
empresa disse que o impacto da resolução não causará efeito significativo em
suas operações, pois o mercado doméstico é inferior a 15% de suas vendas, cujas
margens são inferiores às das exportações.
As ações da
empresa fecharam em queda de 9,7% nesta quarta. Na véspera, os
papéis subiram 5,68%.
A Taurus declarou ainda que
possui mais de 1,1 milhão de pedidos em carteira no mercado americano, o que
representa oito meses de vendas.
No ano passado, representantes da
indústria nacional de armas já reclamavam da discrepância tributária que
prejudica o setor no Brasil em benefício de empresas estrangeiras.
A informação sobre a resolução
foi publicada por Bolsonaro em suas redes sociais nesta quarta (9). Ele afirmou
que a medida entrará em vigor a partir de janeiro do ano que vem.
O porte e a posse de armas
são bandeiras do
presidente e seus filhos desde a sua campanha eleitoral.
A expectativa é de que a
iniciativa seja oficializada em reunião da Camex (Câmara de Comércio Exterior)
marcada para esta quarta. O presidente incluiu a participação no encontro em
sua agenda oficial. Não é comum a presença do chefe do Poder Executivo em
encontros do órgão de comércio.
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