Publicado em 20/03/2019 12:38 Última edição 20/03/2019 12:38

Mourão defende abertura comercial associada à reforma tributária

Fonte: O Globo

Mourão defende abertura comercial associada à reforma tributária
BRASÍLIA - Em um evento com líderes empresariais nesta terça-feira, o presidente em exercício, Hamilton Mourão , defendeu a abertura da economia da economia brasileira para o comércio mundial de forma "lenta, gradual e segura".

No entanto, ele ponderou que se antes dessa abertura comercial não for feita uma reforma no sistema tributário haverá um "massacre da produção local".

O evento ocorreu em um hotel em Brasília, no mesmo momento em que Jair Bolsonaro se encontrava com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , em Washington. 

— Temos que abrir a economia para o comércio mundial. Mas essa abertura ela tem que ser lenta, gradual e segura. Porque enquanto não reformarmos o sistema tributário será um massacre para nossa produção local — defendeu Mourão em uma palestra para empresários. 

O vice de Bolsonaro disse que o governo terá de implementar um forte ajuste fiscal. Perguntado pelos convidados sobre possíveis ações concretas do governo nos próximos seis meses para reduzir a carga tributária ele não deu detalhes.  

— Temos, sim, que reformar o nosso sistema tributário. Ele é caótico, ele é uma carga pesada, ele está na faixa de 34%, 35% do PIB. Temos que baixar isso para 20%, 22% — afirmou Mourão. 

Na palestra, que durou cerca de 15 minutos, o presidente em exercício abordou outros diversos temas. Defendeu a reforma da Previdência e as privatizações, e disse que Jair Bolsonaro tinha sido eleito para "ressuscitar" no povo brasileiro a confiança. 

— Abdiquemos da ideia de que o Estado pode tudo. Temos que convencer a população que ela também tem obrigação e não apenas direitos. Nós temos que mudar essa forma de pensar — declarou o presidente em exercício. 

Mourão finalizou a palestra afirmando que Bolsonaro não era uma "ameaça à democracia" e classificou o governo como "um novo período da história": 

— O Jair Bolsonaro não é uma ameaça à democracia. Ele tem um firme compromisso com a nossa constituição e as nossas instituições. Todos podem ter certeza que o Brasil está vivendo um novo período na sua história.

Quando deixarmos esse governo, no início de 2023, queremos que todos nesse país experimentem as quatros liberdades essenciais que um dia Franklin Roosevelt citou: a liberdade de expressão, a religiosa, a de não ter a pressão das vontades dos outros e a liberdade de não ter medo — concluiu Mourão.