Publicado em 30/11/2018 11:14 Última edição 30/11/2018 11:14

Superávit do governo sobe 78,2%

Fonte: DCI

Superávit do governo sobe 78,2%
Receitas não administradas pelo fisco federal puxaram o resultado primário do governo central em outubro deste ano, o que superou as expectativas do mercado, segundo o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida.

O governo central, formado pelo Tesouro, Banco Central (BC) e Previdência Social, registrou um superávit de R$ 9,450 bilhões no mês passado, contra um saldo positivo R$ 5,073 bilhões em igual período de 2017, um aumento de 78,2% em termos reais (corrigido pela inflação).

“O resultado foi muito acima do programado e do esperado pelo mercado. Uma parte disso tem a ver com o crescimento expressivo que tem ocorrido na receita líquida, inclusive puxado por receitas não administradas", disse Mansueto Almeida, em entrevista coletiva realizada ontem (29).O levantamento do Tesouro mostrou que a receita líquida do governo central subiu 6,3% em outubro sobre igual mês do ano passado, em termos reais, ao passar de R$ 103,225 bilhões para R$ 114,769 bilhões.

A linha "cota parte de compensações financeiras", que é fundamentalmente royalties, respondeu sozinha por um ganho de R$ 5,6 bilhões, após ter exibido alta de 90,1% sobre um ano antes.Já as despesas totais avançaram 2,6% no décimo mês de 2018 para outubro de 2017, de R$ 98,152 bilhões para R$ 105,3318 bilhões.Desta forma, no acumulado do ano, o governo central registra déficit de R$ 72,323 bilhões, 33,5% menor do que o saldo negativo observado entre janeiro e outubro de 2017 (de R$ 104,493 bilhões).

Mansueto afirmou que déficit primário de 2018 deixa claro que o governo central fará um resultado este ano muito melhor do que a meta de déficit de R$ 159 bilhões. "Vamos entregar um número pelo menos R$ 20 bilhões melhor que isso", reforçou.Para ele, com base nas projeções de mercado de uma alta do Produto Interno Bruto (PIB) em pelo menos 2,5% em 2019, a estimativa é de que o crescimento das receitas federais no próximo ano pode ser ainda melhor que o de 2018.

Mansueto lembrou que o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2019 prevê receitas de concessões apenas dos leilões já realizadas, em R$ 3,5 bilhões. "O valor pode ser muito melhor, porque qualquer nova concessão entrará nesse cálculo", completou.

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