Os
brasileiros já pagaram mais de R$ 1 trilhão em impostos, taxas e contribuições
este ano. É um valor acima do justo, para quase 85% da população, e essa carga
tributária escorchante se deve, em grande parte, ao fato de que o governo
federal é perdulário com os recursos públicos, segundo o entendimento de 85%
das pessoas ouvidas pela Associação Comercial
de São Paulo em maio deste ano.
É uma insatisfação que
se repete por todas as regiões do país, em percentuais muito parecidos. Ela é
maior no Norte (95%) e no Sul (93%). Em seguida, vem o Centro-Oeste (89%),
enquanto Nordeste e Sudeste ficam empatados com 86%.
A percepção sobre o
tema, monitorada de perto nos últimos dez anos, mostra que o contribuinte está
cada vez mais ciente de que a causa dos serviços ruins tem origem na má
utilização dos recursos e não na necessidade de se cobrar mais impostos,
segundo conclusão da Ipsos, empresa de pesquisa e inteligência de mercado.
Pois no sentido oposto
navega a equipe econômica do presidente interino, Michel Temer. O ministro da
Fazenda, Henrique Meirelles, em entrevista recente, empunha a bandeira de novo
aumento dos tributos, caso o Congresso rejeite emenda constitucional que fixa a
inflação do ano anterior como teto para o crescimento da despesa pública.
A verdade, não
claramente explicitada, porém, é que dificilmente escapa remos de mais um
aperto, mesmo com o Congresso se submetendo à vontade do Executivo. A
alternativa, que deveria ser prioridade, não entusiasma o Planalto: o corte nas
despesas públicas, a administração eficiente dos gastos, o controle sobre as
despesas.
Diante de um quadro de
recessão aguda, com o desemprego atingindo quase 12 milhões de trabalhadores,
reduzindo, portanto, a procura por bens e serviços, optar por mais arrocho no
orçamento doméstico é, no mínimo, sinal de insensibilidade crônica.
Sem dúvida a
insatisfação generalizada vai aumentar.
Optar por mais arrocho
no orçamento doméstico é, no mínimo, sinal de insensibilidade crônica
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